O Comitê de Bacia Hidrográfica do Acaraú realizou nesta quarta-feira (7) sua 72ª Reunião Ordinária, no SISAR de Sobral, para avaliar as operações de alocação de água dos açudes da região no 2º semestre de 2023 e para aprovar as vazões para o 1º semestre de 2024.
Atualmente, a bacia está com 1,2 bilhão de m³, equivalente a 70,2% de sua capacidade total, com 12 dos 15 reservatórios em situação confortável ou muito confortável.
A Gerência Regional da Cogerh das Bacias do Acaraú e do Coreaú apresentou os resultados obtidos tanto para a operação do Vale do Acaraú quanto nos açudes isolados. Com exceção do Açude Jenipapo, em Meruoca, todos os demais reservatórios obtiveram saldo positivo nas operações.
Já em relação à operação emergencial 2024.1, foi esclarecido pelo núcleo de operação da regional que, no 1º semestre, durante a quadra invernosa, os açudes normalmente não liberam água para os rios, pois a chuvas têm potencial para manter o fluxo de forma natural e suficiente a atendimento as demandas.
Contudo, com a possibilidade de ocorrência de veranicos, é preciso garantir o atendimento a demandas prioritárias, como o abastecimento humano. As vazões de operação emergencial são definidas justamente para esses momentos de necessidade.
Para os açudes do Vale do Acaraú ficaram definidas as seguintes vazões:
- Araras – 3000 L/s
- Edson Queiroz – 350 L/s
- Ayres de Sousa – 1000 L/s
- Taquara – 300 L/s
No caso dos açudes isolados, a operação não se configura como emergencial pois não há liberação para abastecimento humano, apenas para uso da bacia hidráulica.
Confira mais detalhes sobre as operações abaixo.
Além disso, a reunião contou com a participação de Vinicius Oliveira, meteorologista da FUNCEME, que apresentou informações sobre as chuvas do ano de 2023 no estado do Ceará e na Bacia do Acaraú.
O prognóstico climático para fevereiro, março e abril tem probabilidade de 45% para chuvas abaixo do normal, conforme já divulgado pela instituição.