
A nível estadual, historicamente, o mês de dezembro é de baixos volumes de precipitações. A situação se repete em toda a Região Nordeste, conforme reforça o Inpe. “Em dezembro, começam a ocorrer chuvas mais regulares no Maranhão, sul do Piauí e sul e oeste da Bahia. Já em janeiro, embora os maiores volumes acumulados ainda fiquem concentrados nestes estados, começam a ocorrer no Ceará algumas pancadas de chuva associadas à pré-estação chuvosa”, avalia o instituto.Até o último domingo (7), o acúmulo de chuvas em Fortaleza em 2018 também figura entre os menores índices da Região, segundo dados do Inpe. Enquanto em São Luís, no Maranhão, e em Teresina, no Piauí, choveu 45,2 e 7,4 milímetros, respectivamente, a Capital cearense acumulou apenas 2,4 mm de precipitações – cerca de 74% abaixo da média prevista para o mês. Entretanto, conforme ressalta o meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), David Ferran, os números “ainda não podem ser parâmetro”, já que “a tendência é que as chuvas aumentem” no período.
“Em dezembro, a média histórica é de 31 mm; janeiro, 99 mm; fevereiro, 119 mm; março 203 mm. Ou seja, gradativamente, tende a chover mais, conforme o período de quadra chuvosa se aproxima”, explica Ferran. Segundo o especialista, as regiões cearenses onde mais choveu no último mês do ano passado foram o Maciço de Baturité, com 60 mm; seguido do Litoral do Pecém, com 38 mm; e do litoral de Fortaleza, com 33 mm. Nos primeiros sete dias de 2018, foram as regiões de Ibiapaba (43 mm) e Cariri (21 mm) as responsáveis pelos maiores volumes de chuva no Estado, como aponta Ferran.
A previsão não aponta as probabilidades de chuvas para o Ceará, mas reforça que o Estado, assim como quase 100% da Região Nordeste, está inserido em uma faixa negativa, a qual prevê 40% de chances de precipitações abaixo da média no trimestre. O prognóstico das chuvas no Estado, entretanto, só deve ser divulgado pela Funceme no próximo dia 19.
FONTE: Diário do Nordeste