Nesta quarta-feira (11), o Comitê da Bacia do Acaraú visitou a comunidade indígena Tremembé de Queimadas, em Acaraú. A visita teve como finalidade, conhecer e ouvir os relatos da sobre a falta de água para produção nas áreas coletivas e quintais produtivos.

O colegiado foi notificado por meio do Conselho Indígena Tremembé de Queimadas (CITQ), por sua representante e liderança, Ana Paula e demais membros do conselho.

A comunidade indígena de Queimadas vem sofrendo com a contínua falta de água para produção agrícola local. Há uma demanda de água para atendimento de 84 famílias, incluindo 35 crianças com idade inferior a 2 anos.

A impossibilidade de utilização de água bruta nas áreas coletivas e quintais produtivos impacta diretamente no cultivo de produtos para alimentação das famílias.

É importante destacar que a segurança alimentar é um direito fundamental que ultrapassa as questões econômicas e sociais, sendo fundamental à dignidade humana.

Cultivo de coco na comunidade Indígena Tremembé de Queimadas

Desta forma, as mulheres representantes do comitê de bacia, Luísa Canuto da Associação Tabajara, Patrícia Vasconcelos da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e Emanuelle Rocha dos Santos da Caritas Diocesana de Sobral, destacaram a importância de encaminhamentos resolutivos e breves para a situação que se prolonga desde 2015.

Consolidar a emancipação da comunidade de Queimadas através da soberania alimentar e segurança hídrica integra um dos objetivos da Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei no 14.844) que visa assegurar que a água possa ser ofertada, controlada e utilizada, em padrões de qualidade e de quantidade satisfatórios por seus usuários atuais e pelas gerações futuras, em todo o Ceará.

A situação foi apresentada pela 1ª vez na Reunião do Grupo de Mulheres do CBH Acaraú, em 25 de novembro, e posteriormente levado à plenária do comitê em 75ª Reunião Ordinária, em 04 de dezembro.

Acompanharam a visita e colaboraram na mediação do diálogo e levantamento de informações a equipe da Gerência Regional da Bacia do Coreaú e Acaraú, representada pela analista em gestão de recursos hídricos Adriana Gondim, a técnica do núcleo de gestão Meirilane Lira e o coordenador do Núcleo de Operação Guilherme Marques.

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